Você quer usar CBD para ajudar a controlar seus sintomas? Saiba como falar com o seu médico a respeito – e por que ele pode não gostar da ideia.
Se você está lendo este artigo, provavelmente já ouviu falar sobre todos os incríveis benefícios dos óleos de CBD.
É claro que o CBD já se mostrou como uma grande promessa para uma ampla gama de condições e sintomas médicos – nós certamente podemos atestar isso.
Mesmo assim, é aconselhável discutir seus planos de usar o CBD com seu médico antes de aderir cegamente a esta nova tendência.
Existem muitas razões pelas quais você pode querer começar a usar o CBD. Muitas pessoas optam pelo suplemento no lugar de analgésicos que causam dependência ou medicamentos para ansiedade. Outras estão usando o CBD porque preferem ingredientes naturais ao invés de produtos farmacêuticos sintéticos.
Não importa a sua motivação para tomar o CBD, você deve saber como discutir isso com seu médico primeiro.
Aqui, daremos algumas dicas sobre como conversar com seu médico sobre o uso de CBD para sua condição. Também abordaremos alguns dos motivos mais comuns pelos quais o seu médico pode não estar de acordo.
Vamos lá!
O canabidiol (CBD) tem muitos benefícios. O composto funciona por meio de um complexo conjunto de receptores presentes em todos os mamíferos, conhecido como sistema endocanabinoide.
Este sistema é composto de minúsculos receptores localizados em nossas células encarregadas de regular o equilíbrio do corpo – conhecido como homeostase.
A homeostase é de extrema importância, pois todos os nossos sistemas corporais dependem de um cuidadoso equilíbrio para nos manter vivos e saudáveis. Se algo fica fora de equilíbrio, acaba levando ao desenvolvimento de doenças.
O CBD também tem alguns efeitos específicos, incluindo:
Estes efeitos do CBD são definitivamente muito benéficos para o corpo humano, e por isso, as pessoas estão o utilizando para conseguir alívio para uma ampla gama de distúrbios de saúde, desde inflamações até problemas de insônia.
Saiba mais sobre condições médicas específicas que respondem ao CBD.
Viver com dores crônicas é muito desafiador, principalmente desde que o Centro de Controle de Doenças (CDC) mudou recentemente suas recomendações de dosagem oficial para analgésicos opiáceos.
A mudança veio por um bom motivo – o vício em opiáceos é comum e incrivelmente debilitante, especialmente para pacientes de longo prazo.
O CBD está sendo apontado como uma nova e aprimorada opção para pessoas com dores crônicas. Ele não é viciante e tem seu próprio conjunto de efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, sendo que alguns desses efeitos funcionam por meio dos mesmos mecanismos que os analgésicos opiáceos – agonista do receptor opioide (ativação) [1].
E não para por aí. O CBD também ativa os receptores vaniloides (TRPV1) [2] – que também estão envolvidos na transmissão da dor. A interação combinada com essas vias de transmissão da dor efetivamente reduz o sinal que chega ao cérebro – reduzindo assim a intensidade da dor que percebemos no cérebro.
Além de inibir diretamente a dor, o CBD é bem conhecido por seus poderosos efeitos anti-inflamatórios. A inflamação crônica é um dos principais impulsionadores da dor, o que torna o CBD eficaz no tratamento da dor a longo prazo – algo que os opioides prescritos não oferecem.
O ponto mais importante em tudo isso é que o CBD é um analgésico eficaz, e não possui efeitos negativos. Ele é muito mais seguro do que os analgésicos opiáceos, que são a principal causa de morte relacionada à overdose em todo o mundo [3]. O CBD também não tem o potencial viciante dos opioides, não é psicoativo e não causará uma overdose, mesmo em doses muito altas [4].
Então você decidiu que gostaria de experimentar o CBD – e agora?
Nós recomendamos fortemente que você fale com seu médico antes de usar o CBD, principalmente se o seu objetivo é tratar uma condição médica já existente.
É importante conversar com seu médico antes de começar a tomar o suplemento para garantir que não há uma boa razão para evitá-lo (falaremos mais sobre isso depois).
A maioria dos médicos não conhece muito bem o sistema endocanabinoide ou os canabinoides, porque eles não fazem parte da forma convencional de medicina ensinada nas escolas.
A melhor maneira de descobrir se o seu médico lhe dará uma recomendação ou não é conversar sobre o assunto em sua próxima consulta.
No final das contas, sua saúde é sua responsabilidade, por isso, não tenha medo de pedir o que você quer – mesmo que você ache que seu médico pode não estar muito animado com a troca de seus medicamentos por algo como o CBD.
Antes de falar com seu médico, certifique-se que você entendeu como funcionam as leis em sua região.
As regulamentações para o CBD podem variar muito de um país para o outro. Mesmo dentro de um mesmo país, estados diferentes podem ter leis radicalmente diferentes umas das outras.
Dependendo das leis locais, podem existir programas médicos disponíveis nos quais você precisa ter uma receita ou recomendação médica para comprar e usar produtos de CBD.
Outros países, como Estados Unidos e Canadá, o CBD é considerado um suplemento nutricional. Nestes locais, você pode comprar CBD em lojas locais ou on-line sem precisar de receita médica.
Sempre verifique as leis locais antes de comprar o CBD.
Os médicos estão sempre ocupados e não tem tempo para longas conversas sobre suas curiosidades de experimentar óleos de CBD.
Para economizar tempo, faça anotações sobre os seus sintomas e pesquise como o CBD pode ser usado para aliviá-los. Isto mostra ao seu médico que você está falando sério sobre a possibilidade de experimentar o CBD e também já fez a sua pesquisa.
Anote todas as perguntas que você possa ter de antemão, para que esteja preparado quando for ao médico.
Além disso, é bom também entender sobre qual seria a dose geral de CBD para o seu peso. Em geral, a dose mais comum para efeitos terapêuticos do CBD é de cerca de 50 mg a 100 mg por dia. No entanto, isso pode variar muito de uma pessoa para outra.
Saiba mais sobre como calcular a dose de CBD com base no seu peso e na força desejada.
Alguns médicos não se mantêm atualizados com as pesquisas atuais. Mesmo aqueles que estão atualizados, não conseguem ler cada nova pesquisa publicada.
Se o seu médico não sabe o suficiente sobre o CBD para fazer uma recomendação ou não está aberto para falar sobre o assunto, você pode procurar outro profissional para uma segunda opinião. Não há nada de errado nisso.
Até mesmo os médicos frequentemente procuram uma segunda opinião de outros profissionais para alguns de seus pacientes. Ninguém sabe tudo, então você deve ser capaz de pedir uma segunda opinião sempre que quiser comparar os resultados.
Durante décadas, houve um estigma negativo em torno da cannabis medicinal, incluindo o CBD.
As pessoas associam a planta a efeitos psicoativos – embora o CBD não tenha NENHUM efeito psicoativo.
Felizmente, nos últimos anos, as informações sobre o CBD tornaram-se amplamente disponíveis.
A maioria das pessoas hoje em dia entende as diferenças entre o uso de CBD de forma medicinal e os efeitos intoxicantes do THC. Portanto, se você acha que deve experimentar o CBD, não hesite em mencioná-lo ao seu médico.
Existem médicos em todo o mundo que são muito bem instruídos sobre a cannabis e milhares de pesquisas sobre os usos do composto para tratar todos os tipos de condições médicas possíveis. A maioria desses estudos tem uma equipe de médicos por trás deles para supervisionar.
Muitos médicos envolvidos com estas pesquisas também administram clínicas. Você pode facilmente encontrar esses médicos por meio de simples pesquisas no Google ou entrar em contato com uma empresa local especializada em conectar médicos e pacientes.
A Leafly oferece uma excelente ferramenta para encontrar médicos que apoiam a cannabis nos Estados Unidos.
Existem algumas situações em que o médico irá desaprovar o CBD por motivos médicos.
Apesar de o CBD ter um alto nível de segurança, ser quase impossível de ter uma overdose, e não ser fisicamente viciante – existem exceções.
A principal razão pela qual o seu médico pode não aprovar o uso de CBD é devido ao potencial de interações com alguns de seus outros medicamentos.
Existem algumas maneiras pelas quais o CBD pode interagir negativamente com outras drogas:
Classe de drogas | Interação antagônica (Diminui efeitos) | Interação agonística (Aumenta efeitos) | Metabolismo do Fígado (Retarda o metabolismo) |
Anestésicos (analgésicos) | ✓ | ✓ | |
Bloqueadores da angiotensina II | ✓ | ✓ | |
Antibióticos | ✓ | ✓ | |
Antidepressivos | ✓ | ✓ | ✓ |
Antiepilépticos | ✓ | ||
Benzodiazepínicos | ✓ | ✓ | |
Betabloqueadores | ✓ | ✓ | |
Bloqueadores de canais de cálcio | ✓ | ✓ | |
Inibidores da HMG CoA redutase | ✓ | ||
Antivirais contra o HIV | ✓ | ✓ | |
Imunossupressores | ✓ | ||
Anti-inflamatórios não esteroides | ✓ | ✓ |
O CBD é um suplemento natural popular que serve para aliviar um amplo espectro de sintomas e distúrbios médicos. É especialmente útil para qualquer doença que envolva dor, inflamação, hiperatividade no sistema nervoso e problemas imunológicos.
Muitas pessoas podem ser elegíveis para usar o CBD para ajudar a controlar os seus sintomas em vez de produtos farmacêuticos viciantes ou perigosos. No entanto, antes de usar o CBD para qualquer condição médica, é extremamente importante que você converse primeiro com o seu médico.
Recomendamos que você primeiro aprenda sobre como falar sobre o CBD com seu médico e entenda em quais circunstâncias ele pode desaprovar o seu uso juntamente com outros medicamentos ou até mesmo no lugar dos medicamentos prescritos.
Você já discutiu com seu médico sobre o uso de CBD? Existe alguma coisa que deixamos para trás? Deixe seus comentários abaixo.