O Que É CBD?
A
planta de cannabis é extremamente rica em substâncias químicas naturais, dentre
as quais as mais populares e estudadas são os canabinoides.
Isso
acontece porque esta classe de compostos tem a capacidade única de interagir
com o que se conhece como o sistema endocanabinoide – ou SEC -, um conjunto de
receptores que ajuda a regular diversas funções corporais. Dentre elas está,
inclusive, a transmissão dos estímulos de dor entre os neurônios [4], uma
função extremamente importante na fibromialgia e outras condições médicas.
Existem três classes de canabinoides:
Os fitocanabinoides , encontrados em
plantas; Os endocanabinoides , encontrados em
humanos e demais animais; E os canabinoides
sintéticos , feitos artificialmente e não encontrados na natureza.
Os
dois canabinoides mais bem estudados são o tetrahidrocanabinol
(THC) e o canabidiol (CBD); mas,apesar da estrutura semelhante, os
dois têm efeitos muito diferentes no corpo humano.
O THC é o principal responsável pelos efeitos
psicoativos da cannabis, nos
dando a sensação de estarmos “chapados”. O
CBD, por outro lado, não tem efeitos colaterais eufóricos e muitas
evidências científicas vêm demonstrando seu potencial para o tratamento de diversas
condições médicas, inclusive aquelas que se originam no sistema nervoso
central.
Há muitos relatos e observações para as
seguintes propriedades do CBD:
Analgésico Ansiolítico Antipsicótico Anti-inflamatório
O Que É
Fibromialgia?
A fibromialgia é uma doença crônica que causa
dor generalizada em todo o corpo, muitas vezes acompanhada de sintomas como
fadiga, insônia, depressão e problemas de memória e concentração.
A
fibromialgia não causa risco de vida, mas tem um impacto físico e social enorme nas pessoas afetadas.
Existem evidências crescentes de
que o estresse e a depressão desempenham um papel importante no desenvolvimento
da fibromialgia: cientistas
descobriram que os dois
sistemas de estresse do corpo – o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) e o
sistema nervoso simpático – estão alterados em pessoas com fibromialgia.
Basicamente, o eixo HPA é a parte mais importante do sistema que
controla nossas reações fisiológicas ao estresse. Se este sistema está disfuncional, fica significativamente mais difícil para
nós gerenciarmos situações estressantes.
Uma das consequências mais comuns disso é a dor crônica generalizada, um
sintoma prevalente da fibromialgia.
Sintomas
da Fibromialgia
Cada
pessoa terá seu próprio conjunto de sintomas, que podem ser leves, moderados ou
graves. Os sintomas podem até desaparecer de tempos em tempos, levando semanas,
meses ou até anos para reaparecer.
Os
sintomas mais comuns da fibromialgia incluem:
Dor generalizada Sensibilidade ao frio, calor, luz e cheiro Fadiga extrema Padrões irregulares de sono Dificuldades cognitivas (“fibrofog ”)
Causas da Fibromialgia
Ainda
não se sabe o que causa a fibromialgia, mas ela parece estar relacionada a
fatores como genética, histórico médico, lesões ou estresse emocional e físico.
Histórico familiar de fibromialgia Lesão ou trauma físico ou emocional Doenças causadas por vírus ou infecções Lúpus, espondilite anquilosante (artrite
reativa) ou artrite reumatoide Ansiedade, depressão e estresse emocional
Fatores
que fazem a dor da fibromialgia piorar
Privação do sono Tabagismo Excesso de peso Aumento do estresse
Diagnosticando
a Fibromialgia
Com o tempo, as diretrizes em relação aos
métodos utilizados para diagnosticar a fibromialgia mudaram. No passado, os
médicos diagnosticavam a fibromialgia identificando pontos específicos de
sensibilidade em pelo menos 11 dos 18 locais estabelecidos. Os pacientes também
deveriam estar sofrendo uma dor generalizada pelos três meses anteriores, pelo
menos.
Agora, diretrizes mais recentes foram
desenvolvidas com critérios mais simples e práticos para o diagnóstico, incluindo
o seguinte:
Dor
generalizada por mais de três
meses;Score de gravidade dos sintomas envolvendo fadiga, acordar não se sentindo descansado
e função cognitiva ruim; O paciente não tem um distúrbio subjacente que explique os sintomas.
Embora não existam exames laboratoriais
específicos para confirmar o diagnóstico de fibromialgia, os médicos podem
solicitar exames de sangue, radiografias e exames especializados de imagem,
como aqueles vinculados à medicina nuclear e tomografia computadorizada.
Exames
úteis para a fibromialgia:
Hemograma
completo, incluindo exames de
função adrenal e tireoidiana. O hipotireoidismo pode causar sintomas que se
confundem com os da fibromialgia.Exames
para vitamina D. A deficiência
de vitamina D também pode causar sintomas semelhantes aos da fibromialgia
Os
médicos tentarão descartar tudo o que pode ser examinado, garantindo a exclusão
de doenças autoimunes que podem “imitar” os sintomas da fibromialgia. Se nada
mais for identificado e o paciente possuir os critérios para fibromialgia, o
diagnóstico é feito.
Tratamentos para Fibromialgia
A fibromialgia pode ser difícil de ser tratada. Isto acontece principalmente porque a doença
se manifesta de formas diferentes em cada pessoa.
Como
não existe uma causa direta, o tratamento dos sintomas pode exigir tentativas e
erros, visitas frequentes ao médico e uma combinação de mudanças no estilo de
vida com medicamentos.
Um plano de tratamento individual pode incluir alguns ou todos os
seguintes:
Fisioterapia Psicoterapia Terapia
ocupacional Programa
de exercícios Medicamentos
antidepressivos, analgésicos ou antiepilépticos Meditação
e yoga Acupuntura Reflexologia Massagem
Estilo de
Vida e Cuidados Pessoais
A
fibromialgia é uma doença de longo prazo que envolve muitos fatores diferentes,
incluindo escolhas de dieta e estilo de vida. Portanto, os tratamentos precisam
incluir hábitos e rotinas diárias.
Aqui
estão as dicas de estilo de vida e cuidados pessoais mais importantes para
incorporar em um plano de tratamento para fibromialgia.
1. Tenha
estratégias de relaxamento
Terapias
com meditação e mindfulness podem
ajudar a aliviar o estresse e reduzir os sintomas da fibromialgia.
2.
Garanta uma boa noite de sono
O
sono é essencial para manter a saúde em dia. Quando nos privamos do sono, fica
mais difícil lidar com o estresse, o que leva ao aumento dos sintomas em
pessoas com fibromialgia.
Para
obter pelo menos 7-8 horas de sono por noite, experimente o seguinte:
Defina
uma rotina. Certifique-se de
seguir uma rotina diária para a hora de dormir e de acordar, inclusive aos
finais de semana!Meditação.
À noite, a meditação prepara o
sistema nervoso para o sono, relaxando o corpo e diminuindo a resposta ao
estresse. Banhos
quentes com sais de Epsom. Sais
de magnésio relaxam os músculos e aliviam a tensão que pode estar nos mantendo
acordados à noite. Minimize
os ruídos. O uso de protetores
auditivos pode ajudar pessoas mais sensíveis aos sons a dormir mais rapidamente.
Evite
cochilar durante o dia. Se
precisar tirar um cochilo, não passe de 30 minutos e acorde antes das 15h. Evite
estimulantes como cafeína,
álcool e cigarros (principalmente depois das 13h).
3. Se
exercite regularmente
Exercícios
físicos podem ser a última coisa na sua cabeça quando você está sentindo dor e
fadiga. No entanto, exercícios suaves apropriados, incluindo caminhada,
natação, ciclismo, pilates, ioga e tai chi podem ajudar a aliviar a dor e
melhorar o humor. Lembre-se de começar
devagar e não exagerar.
4.
Mantenha uma dieta equilibrada
Manter
uma dieta bem equilibrada e evitar alimentos processados, ricos em gorduras
saturadas e açúcar pode reduzir a inflamação e aliviar os sintomas da
fibromialgia.
As
pessoas com fibromialgia frequentemente sentem seus sintomas piorarem quando
consomem alimentos com aditivos como glutamato monossódico (MSG), nitratos e
adoçantes artificiais.
Benefícios
do CBD para a Fibromialgia
1. O CBD
É Analgésico
Existem
diversos relatos pessoais sobre a eficácia do CBD na redução de dor crônica,
como a vivenciada na fibromialgia. Em um estudo sobre dores nas articulações,
estudos pré-clínicos mostraram que há uma interação entre o CBD e o SEC, o que
pode explicar as propriedades analgésicas do composto [5].
Outro
estudo demonstrou que o CBD interage também com a atividade dos astrócitos – um
tipo de célula nervosa que ajuda a controlar a atividade sináptica e a
inflamação, dentre muitas outras coisas [6]. Esta é mais uma informação que
pode explicar porque o CBD é capaz de afetar diversos sintomas neurológicos.
2. O CBD Pode Melhorar o Sono
O
CBD tem mostrado efeitos positivos na regulação da qualidade e quantidade do
sono, graças à suas propriedades calmantes e ansiolíticas [7].
3. O CBD
É Ansiolítico e Antidepressivo
Diversos
ensaio pré-clínicos e pequenos estudos duplo-cego demonstraram que o CBD
funciona bem no tratamento da ansiedade e depressão, além de outros problemas
neurológicos.
Uma
das principais maneiras através das quais o CBD pode ajudar a aliviar os
sintomas da depressão é tratando a inflamação subjacente no cérebro, que está
intimamente relacionada à depressão [08,10].
Como Usar
o CBD para Fibromialgia
O
CBD é uma alternativa promissora para pessoas que sofrem de fibromialgia.
Seus
principais benefícios vêm da sua capacidade de afetar o sistema
endocanabinoide, que por sua vez afeta a atividade de células do sistema
nervoso. Sendo assim, o CBD é capaz de influenciar o comportamento de células
que transmitem dor e causam inflamação.
O CBD também é útil enquanto anti-inflamatório
e analgésico, diminuindo os dois sintomas mais comuns da fibromialgia.
Quanto
CBD Devo Tomar?
A
dose de CBD para fibromialgia pode variar muito de uma pessoa para outra. Cada
um reage ao composto de maneira diferente, por isso é importante começar com
pouco e aumentar sua dose de CBD devagar. Assim, você vai conseguir chegar à
quantidade ideal sem exagerar ou sentir efeitos colaterais negativos.
Dito isso, a maioria das pessoas com
fibromialgia precisa de doses mais altas de CBD para sentir os benefícios.
Mantenha
um diário das suas dosagens, horários e sintomas, pois isso facilitará o ajuste
da dose correta para você.
Os
pacientes com fibromialgia frequentemente tomam o óleo de CBD na forma de gotas
embaixo da língua e/ou aplicam um creme ou gel tópico de CBD nas áreas mais
afetadas.
O CBD É Seguro?
O
CBD é seguro, bem tolerado e raramente produz efeitos colaterais, mesmo em
doses altas. Quando os efeitos colaterais aparecem, eles tendem a ser leves e
incluem tontura, boca seca e sedação.
Existem
evidências de que não há desenvolvimento de resistência ao CBD, ao contrário do
que acontece com outras opções de tratamento, como os medicamentos opioides
[9].
É
importante notar que as pesquisas são baseadas no uso de óleos de CBD puros e
de alta qualidade, que não contêm aditivos sintéticos ou conservantes.