Total de CBD: | 240 - 4850 mg |
Gama de Potência: | 48,5 mg/ml |
Preço por mg de CBD: | US$0,09 - US$0,16 |
Tipo de Extrato: | Espectro completo |
A epilepsia é uma condição neurológica debilitante que afeta milhões de pessoas no mundo todo. O CBD vem surgindo como uma alternativa promissora no tratamento de crises epilépticas, mesmo em casos que não respondem aos tratamentos tradicionais. Saiba o que as pesquisas estão dizendo neste artigo completo.
De acordo com a Epilepsy Foundation, a epilepsia é o quarto distúrbio neurológico mais comum do mundo – e o CBD pode ser uma das opções de tratamento mais eficazes para esta doença, mesmo para os tipos de epilepsia que são comprovadamente difíceis de tratar com medicamentos convencionais.
Durante a última década, houve muito debate na comunidade médica sobre a eficácia dos extratos da cannabis para o tratamento de condições neurológicas, como a epilepsia. Mas no ano passado, uma grande metanálise foi publicada e acabou com todas as dúvidas sobre o uso do CBD para a epilepsia.
Neste artigo, discutiremos exatamente quão eficaz o CBD é no tratamento desta condição, para quais tipos de epilepsia ele oferece mais benefícios e como encontrar o tipo certo de CBD.
O canabidiol (CBD) é apenas um dos mais de 66 canabinoides diferentes encontrados na cannabis. Apesar disso, juntamente com o THC, ele responde por mais da metade do conteúdo total de canabinoides da planta.
Sorte a nossa, pois o CBD é o principal ingrediente responsável pelos efeitos antiepilépticos da planta da cannabis.
Em 2018, o Epidiolex – uma preparação farmacêutica de CBD – foi aprovada para o tratamento da síndrome de Lennox-Gastaut (LGS) e da síndrome de Dravet, duas formas de epilepsia conhecidas por serem resistentes a tratamentos.
Uma metanálise recente envolvendo 670 sujeitos com várias formas de epilepsia descobriu que 71% das pessoas que tomavam extratos de espectro completo ricos em CBD tinham a frequência de convulsões reduzida [2].
Surpreendentemente, 10% relatou estar livre de convulsões ao final do estudo.
O CBD funciona – não há dúvida sobre isso. A parte mais difícil agora é determinar exatamente como ele funciona.
Até mesmo a GW Pharmaceuticals, empresa especialista em medicamentos à base de canabinoides, admite em seu site que o mecanismo de ação ainda não é claro. Eles são os criadores do Sativex® – o novo fármaco à base de canabinoides que vem ganhando muita publicidade ultimamente como um tratamento inovador para a epilepsia.
Mas mesmo sem termos certeza absoluta dos mecanismos exatos, existem algumas boas teorias.
A epilepsia é um espectro de distúrbios que envolvem um sintoma primário: crises convulsivas não provocadas. Outros problemas de saúde podem ou não estar presentes. Cada pessoa afetada manifesta a epilepsia de uma forma diferente e as próprias convulsões podem variar significativamente em frequência e gravidade.
Alguns pacientes epilépticos sofrem com convulsões uma ou duas vezes por ano, enquanto outros podem sofrer convulsões quase ininterruptas ao longo do dia.
As crises convulsivas podem envolver todo o corpo (grande mal), permanecer confinadas a um membro (convulsões de Jackson) ou envolverem lapsos de consciência (pequeno mal). Vamos falar mais sobre cada uma delas mais à frente.
A crise em si é resultado de uma atividade elétrica disfuncional no cérebro – que pode se originar em qualquer parte do cérebro. Esta atividade elétrica anormal pode permanecer confinada na área em que começou ou pode se espalhar por todo o cérebro. Na maioria dos casos, esta última é muito mais grave.
As pessoas que sofrem de epilepsia geralmente têm a doença para o resto da vida. No entanto, ela pode ir e vir de um ano para o outro. Algumas pessoas relatam que já ficaram livres das convulsões por até seis anos.
Existem várias formas diferentes de epilepsia e várias causas potenciais para cada uma delas. Sendo assim, em muitos casos, pode ser difícil identificar o motivo exato das crises.
Existem três tipos diferentes de epilepsia.
O principal fator de diferenciação entre eles são os tipos de crise convulsiva, mas existem outros fatores que dependem do local da disfunção elétrica no cérebro e das causas subjacentes da doença.
Ao longo da última década, um grupo chamado Liga Internacional Contra a Epilepsia (ILAE) tem trabalhado duro para padronizar a terminologia usada no diagnóstico e na descrição da epilepsia.
Aqui estão as definições listadas em seu esboço de 2017:
Epilépticos que sofrem com crises convulsivas focais experimentam atividades elétricas anormais apenas em regiões específicas do cérebro. Este tipo costumava ser chamado de “convulsão parcial”.
As crises focais podem ser caracterizadas de acordo com quatro fatores:
As crises generalizadas envolvem atividades elétricas anormais em ambos os lados do cérebro, resultando em efeitos generalizados por todo o corpo.
Existem dois tipos de epilepsia de crise generalizada: a de início motor e a de início não motor (e estes dois tipos, por sua vez, possuem vários subtipos).
As condições de início motor costumavam ser chamadas de convulsões “grande mal” – em alguns lugares, elas ainda são. Elas resultam em convulsões no corpo inteiro e uma incapacidade de controlar o corpo enquanto as convulsões acontecem. Elas podem durar de alguns segundos a algumas horas. O CBD é útil para esse tipo de convulsão devido à sua capacidade de relaxar os músculos.
As condições de início não motor costumavam ser chamadas de crises de “ausência”. Elas envolvem períodos em que a pessoa afetada simplesmente olha para o espaço ou realiza movimentos repetitivos (como bater nas mãos ou lamber os lábios). Nesses tipos de crise, parece que a pessoa não está mais lá – daí o nome, “crises de ausência”.
Como o nome indica, qualquer crise em que a fonte da mesma não possa ser identificada é chamada de desconhecida. Estas crises são especialmente difíceis de tratar.
A nova terminologia delineada pela ILAE não altera a caracterização das síndromes epilépticas – as quais existem várias.
Apesar de serem o principal sintoma da epilepsia, as crises convulsivas podem ser causadas por outros fatores, como febre alta ou ferimentos na cabeça.
Veja bem: o cérebro é composto por bilhões de células especializadas chamadas neurônios. Eles são projetados para transmitir mensagens por todo o cérebro e corpo usando impulsos elétricos. Para fazer isso de forma eficaz, os neurônios no cérebro precisam trabalhar juntos.
No caso de uma convulsão, grandes grupos de neurônios enviam mensagens ao mesmo tempo (hipersincronia), perturbando a função cerebral normal. Isso pode causar alterações no paladar, visão, audição, olfato, linguagem, postura, memória, emoção e consciência.
Como dissemos, algumas crises afetam o cérebro todo, enquanto outras afetam apenas regiões específicas. Os efeitos individuais serão determinados de acordo com a gravidade da atividade elétrica e o quanto do cérebro é afetado. No final das contas, nenhuma crise convulsiva é igual.
A epilepsia pode colocar em risco a segurança das pessoas afetadas. Pode ser perigoso dirigir, trabalhar ou até atravessar a rua. Se uma convulsão ocorrer de repente, é improvável que a pessoa afetada consiga fugir de qualquer perigo, caso seja necessário.
É importante lembrar que a epilepsia é um espectro. Certos medicamentos ou outras opções de tratamento tendem a funcionar melhor em algumas formas de epilepsia do que em outras. Em alguns casos, nenhum tratamento convencional oferece o nível de suporte que o paciente precisa – geralmente, são essas as pessoas que começam a usar o CBD.
Está claro que a maconha é um suplemento útil para diversas formas de epilepsia, incluindo tanto as de crise generalizada quanto as de crise focal, assim como algumas síndromes epilépticas.
Estudos têm mostrado que o CBD é o constituinte ativo para esses efeitos. Curiosamente, uma metanálise mostrou recentemente que, mesmo que todas os formatos de CBD ofereçam benefícios, um extrato de CBD de espectro completo, contendo uma variedade de outros canabinoides, oferece mais benefícios e tem menos efeitos colaterais em geral [2].
É provável que os outros canabinoides presentes em extratos de CBD de espectro completo, juntamente com terpenos e outros fitoquímicos, trabalhem sinergicamente para produzir os benefícios associados.
Charlotte Figi é uma menina americana com um caso grave de síndrome de Dravet que mudou a maneira como tratamos a epilepsia para sempre.
Quando Charlotte tinha apenas cinco anos de idade, seus pais assinaram uma ordem de “não ressuscitar” para sua filhinha. Isso significa que, no caso de uma emergência, se Charlotte parasse de respirar ou seu coração parasse de bater, os profissionais médicos não tinham permissão para intervir e salvar sua vida.
Seus sintomas eram muito graves – ela chegava a sofrer centenas de crises por semana. Ela mal conseguia falar e sua qualidade de vida era baixíssima.
Mesmo após tentar vários medicamentos, a família Figi não via praticamente nenhuma melhora na condição da menina.
Foi só em 2011 que eles decidiram experimentar a cannabis para Charlotte – e funcionou.
As convulsões caíram de 1.200 por mês para cerca de três – e as que ela tinha eram significativamente menos severas. Agora, Charlotte podia falar, brincar e viver uma vida muito mais próxima do “normal”.
A atenção da mídia explodiu depois desta história e ela foi, sem dúvida, o catalisador que levou ao estabelecimento do mercado de CDB que estamos vendo hoje. Isso porque descobriu-se que o CBD era o composto responsável pelo tratamento da condição de Charlotte. Os pesquisadores correram para testá-lo em outros tipos de epilepsia e outras condições médicas.
E aqui estamos nós.
Apesar de todas as pesquisas que temos sobre os efeitos do CBD para as condições epilépticas, ainda não sabemos os mecanismos exatos envolvidos.
Crises convulsivas são incrivelmente complexas e suas causas geralmente envolvem múltiplas disfunções de órgãos distintos que se combinam para produzir os sintomas. Assim, é difícil identificar qual parte dessa interação é beneficiada pelo CBD.
Aqui estão as teorias atuais baseadas em descobertas de pesquisas clínicas, in vivo e in vitro:
O CBD e o CBDV [1] conseguem ativar os receptores vaniloides TRPV1 no cérebro. Quando o TRPV1 é superativado por qualquer motivo, ele induz a crises epilépticas. Descobriu-se que o CBD e o CBDV controlam a hiperatividade desse receptor no cérebro – potencialmente levando a menos crises.
Roedores induzidos à epilepsia receberam várias concentrações de CBD. O grupo que recebeu as doses mais altas (100 mg/kg) mostrou melhoras significativas nas contrações musculares durante as convulsões [4].
Foi demonstrado que o CBD e muitos dos outros canabinoides da planta cannabis possuem efeitos neuroprotetores amplos e inespecíficos no cérebro. Acredita-se que alguns desses efeitos neuroprotetores sejam parcialmente responsáveis pela poderosa atividade antiepiléptica do CBD.
O CBD age como protetor para outras condições neurológicas, incluindo:
Assim como em muitos outros distúrbios neurológicos, a inflamação é um fator importante na epilepsia [10].
Muitas evidências sugerem que o CBD é um composto anti-inflamatório eficaz para o cérebro, potencialmente aliviando um dos fatores significativos de distúrbios neurológicos como a epilepsia. O CBD é eficaz por causa de sua natureza lipossolúvel, que o permite atravessar a barreira hematoencefálica e alcançar o sistema nervoso central. Ele também oferece efeitos anti-inflamatórios por meio de diferentes mensageiros inflamatórios e células reguladoras [11, 12, 13].
O CBD está se tornando uma das opções de tratamento mais comuns para os epilépticos. No entanto, devido às fracas regulamentações no mercado de CDB, há uma grande quantidade de produtos de baixa qualidade que contém contaminantes, como metais pesados e pesticidas, que podem danificar os neurônios e potencialmente piorar os sintomas da epilepsia.
Existem também muitas empresas que vendem óleos com quantidades específicas de CBD listadas nos frascos – mas, quando testados por terceiros, eles demonstram conter apenas uma fração da quantidade anunciada.
Quando se trata de usar o CBD para a epilepsia, é essencial que você use apenas óleos de alta qualidade, isentos de contaminação e de potência alta.
Embora cada lugar tenha suas próprias regras em relação ao uso da maconha medicinal, a maioria dos países com um programa médico permite que ela seja prescrita para epilepsia. No Reino Unido, o National Institute of Health and Clinical Excellence está trabalhando em uma orientação oficial para a prescrição de maconha medicinal. Espera-se que o tratamento da epilepsia seja um dos principais pontos deste guia, que deve ser concluído até o final de 2019.
Se o seu país (ou estado) não tem um programa de maconha medicinal – como é o caso do Brasil -, extratos de cânhamo com baixo teor de THC são uma excelente alternativa. Eles são classificados como suplementos nutricionais na maioria dos países e não são psicoativos.
Ainda assim, para consumi-los no Brasil, você precisará de receita médica e autorização da Anvisa.
Existem tantas empresas diferentes vendendo óleos, cápsulas, tinturas e tópicos de CBD que fica difícil separar os produtos bons dos ruins.
Como um guia geral, sempre procure o seguinte:
Devo usar cápsulas ou óleos?
Essa é uma pergunta muito comum que as pessoas se fazem quando compram produtos de CBD online.
Em geral, cápsulas, tinturas, óleos e e-líquidos (óleos para vaporizador) são as melhores opções para quem precisa de doses altas e regulares de CBD todos os dias – como é o caso da maioria dos epilépticos. Você vai encontrar todas essas versões em opções de potência alta.
Os óleos de CBD são o formato mais popular de CBD porque simplificam a dosagem, podem ser armazenados por longos períodos de tempo, são baratos e têm uma biodisponibilidade alta.
As cápsulas de CBD são outra ótima opção para pessoas que procuram uma maneira simples de tomar sua dose sem ter que medir ou sentir o gosto dos óleos. Cápsulas são, em média, um pouco mais caras que os óleos.
Comestíveis de CBD também estão disponíveis, mas não são recomendados para suplementação diária com CBD devido ao alto teor de açúcar e inconsistência da dosagem. Eles são ótimos para o uso ocasional ou para tornar a suplementação com CBD mais interessante (e saborosa).
Os óleos para vaporizador e os e-líquidos também estão disponíveis e muitas pessoas com epilepsia optam por usar esse método. A vantagem aqui é que o CBD entra na corrente sanguínea quase imediatamente, oferecendo alívio rápido contra os sintomas. A menos que a vaporização irrite seus pulmões ou que você prefira evitá-la completamente, mantenha um cigarro eletrônico com CBD à disposição para controlar surtos de sintomas rapidamente.
Para mais informações sobre como encontrar os melhores produtos de CBD, confira alguns dos nossos guias:
Descobrir a dose certa de CBD para a epilepsia é difícil – e provavelmente exigirá um pouco de tentativa e erro.
Cada pessoa responde ao CBD de maneira diferente. Alguns precisam de doses altas, outros precisam de muito menos. Você não saberá a dose ideal para você a menos que experimente.
Em geral, as pessoas com epilepsia requerem doses acima da média para obter o máximo de benefícios do composto. É por isso que recomendamos comprar um óleo de CBD de potência alta: eles vão durar mais e, provavelmente, terão um custo benefício melhor.
Dito isso, nós sempre recomendamos começar com uma dose baixa e aumentá-la gradualmente ao longo do tempo até chegar a uma quantidade que forneça o nível de alívio que você está procurando.
Abaixo, nós esboçamos um esquema de dosagem padrão com base no peso do usuário e força de CBD. Se você quer aprender a calcular essas doses por si mesmo, não deixe de conferir nosso guia completo de dosagem de CBD.
Peso (Kg) | Força Baixa | Força Média | Força Alta |
---|---|---|---|
45 Kg |
10 mg |
30 mg |
60 mg |
56 Kg |
13 mg |
38 mg |
75 mg |
68 Kg |
15 mg |
45 mg |
90 mg |
79 Kg |
17 mg |
52 mg |
105 mg |
90 Kg |
20 mg |
60 mg |
120 mg |
102 Kg |
22 mg |
67 mg |
135 mg |
113 Kg |
25 mg |
75 mg |
150 mg |
O CBD talvez seja uma das novas opções de tratamento mais empolgantes para a epilepsia – incluindo síndromes epilépticas como a de Dravet, que são problematicamente resistentes ao tratamento.
A fim de obter o máximo da suplementação com CBD para a epilepsia, um extrato de espectro completo e de alta qualidade deve ser usado. Também é recomendado optar por um produto de potência alta porque, na maioria dos casos, são necessárias doses altas para obter o mesmo nível de benefícios relatados na literatura científica.
Antes de realizar uma compra, confira algumas das nossas avaliações recentes para conhecer as empresas e seus produtos. Lembre-se de comprar apenas produtos feitos a partir de cânhamo com certificado de orgânico e que foram testados quanto à pureza e potência por laboratórios terceiros.
Se um produto não atender a todos esses requisitos, é melhor evitá-lo para a epilepsia. Afinal, você não quer piorar ainda mais os sintomas.