O mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa sem cura que afeta gravemente a qualidade de vida tanto dos pacientes afetados quanto de suas famílias. Pesquisas inicias indicam que o CBD talvez possa ser uma opção de tratamento para alguns dos sintomas desta condição e, quem sabe, até para suas causas subjacentes. Saiba mais sobre o mal de Parkinson, sobre o CBD e sobre a relação entre os dois em nosso artigo completo.
O mal de Parkinson é o segundo distúrbio neurodegenerativo mais comum, ficando atrás apenas do mal de Alzheimer.
Essa condição médica afeta um número estimado de 10 milhões de pessoas no mundo todo, principalmente homens acima de 60 anos.
O mal de Parkinson é caracterizado por tremores musculares, rigidez e dificuldade com os movimentos.
Embora não haja cura para o mal de Parkinson, a progressão da doença pode ser adiada com mudanças cuidadosamente orquestradas na dieta e nos hábitos de vida, e com o uso de medicamentos e suplementos.
O CBD é um suplemento popular entre os que sofrem com o mal de Parkinson, pois oferece benefícios potenciais ao que se acredita ser uma das causas subjacentes da doença e a vários dos sintomas mais comuns.
Neste artigo, vamos discutir como o CBD pode apoiar o diagnóstico de Parkinson e o que você pode fazer para aproveitar ao máximo sua suplementação com o CBD.
Não há cura para o mal de Parkinson – o tratamento visa retardar a progressão da doença e controlar os sintomas à medida que estes aparecem para melhorar a qualidade de vida do paciente.
Os pacientes com Parkinson podem usar suplementos de CBD para ajudar a aliviar sintomas como depressão, ansiedade, tremores musculares e algumas das outras complicações associadas à doença.
Há também algumas indicações de que o CBD pode ser usado para retardar a progressão da doença e melhorar alguns dos fatores subjacentes envolvidos no Parkinson, como a neuroinflamação e a regulação da dopamina (mais sobre isso adiante).
O mal de Parkinson ou doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurodegenerativo que afeta a parte do encéfalo responsável pela produção de dopamina – um importante neurotransmissor associado ao humor, ao equilíbrio hormonal, à função motora e ao foco/atenção.
Os sintomas dessa condição costumam se desenvolver gradualmente ao longo de vários anos, tanto antes quanto depois do diagnóstico. Eles começam com problemas não específicos, como perda do olfato, distúrbios do sono, constipação e obesidade até 20 anos antes que apareçam os problemas motores mais característicos, como rigidez muscular, tremores e quedas.
Na medida em que a doença progride, sintomas como alucinações, delírios, demência e depressão podem aparecer e piorar nos 20 anos seguintes.
O mal de Parkinson em si não é considerado fatal – no entanto, algumas das complicações causadas por ele são. Certamente, a doença pode ser devastadora tanto para pacientes quanto para seus familiares.
Uma constatação comum em pacientes com DP é uma abundância de corpos de Lewy – aglomerados de proteínas no interior dos neurônios que não são degradados como deveriam por meio de reações enzimáticas normais no cérebro.
À medida que esses corpos de Lewy se tornam mais abundantes e se acumulam, eles matam os neurônios. Este tipo de lesão neuronal é também uma característica de outras doenças neurodegenerativas, incluindo o mal de Alzheimer. A principal diferença é a composição e a localização das proteínas.
No caso do mal de Parkinson, a maioria desses aglomerados de proteínas está nos gânglios da base – especificamente nos neurônios da substância negra.
A maioria dos sintomas associados à doença de Parkinson resulta da perda dos neurônios produtores de dopamina no tronco cerebral.
À medida que estas células são perdidas, torna-se mais difícil fabricar a dopamina que o cérebro precisa para funcionar adequadamente. Aliás, quando os sintomas musculares característicos se tornam clinicamente aparentes, mais de 80% das células produtoras de dopamina já se foram. Sem dopamina suficiente, os tremores musculares, a contração da mandíbula, a fraqueza nos membros e a deficiência no equilíbrio ficam mais acentuados.
A perda de dopamina está relacionada a vários sintomas do Parkinson, incluindo:
A norepinefrina é um hormônio e neurotransmissor estruturalmente semelhante à dopamina. Ela é fabricada por meio de vias semelhantes às da dopamina, assim, seus níveis também sofrem uma queda com o mal de Parkinson [1].
Este neurotransmissor é um dos principais agentes no sistema nervoso simpático. À medida que ele começa a se tornar menos abundante no cérebro e vasos sanguíneos, perdemos a capacidade de regular funções autonômicas, incluindo a frequência cardíaca e a pressão arterial.
A perda de norepinefrina está associada a sintomas que incluem:
A causa da doença de Parkinson ainda é desconhecida – no entanto, existem alguns fatores que sabemos contribuir para essa condição ao longo do tempo.
Estudos mais antigos costumavam relatar a doença de Parkinson como não hereditária – o que significa que ela não seria transmitida através dos genes [4]. Estudos mais recentes, no entanto, encontraram pelo menos duas variantes genéticas relacionadas à doença de Parkinson, apesar de isso ser raro [5] – os genes LRRK2 e GBA. A maioria dos casos, entretanto, não têm uma causa aparente.
Alguns fatores que se acredita estarem relacionados ao mal de Parkinson incluem:
Os sintomas aparecem, mas são leves. Eles geralmente não interferem nas atividades diárias. Os sintomas mais comuns a aparecer são alterações posturais, tremores musculares e alterações na expressão facial.
O estágio dois envolve um aumento na gravidade dos sintomas descobertos no primeiro estágio e o desenvolvimento de sintomas que afetam o movimento. Pode ser mais difícil andar normalmente, manter a postura correta e tarefas comuns começam a se tornar difíceis. No geral, as pessoas no estágio dois não precisam de assistência externa.
Esta etapa é caracterizada por problemas em manter o equilíbrio e dificuldades com atividades cotidianas, como comer, usar o banheiro ou se vestir. Algumas pessoas no estágio três podem precisar de assistência, enquanto outras permanecem independentes.
No estágio quatro, os sintomas se tornam pronunciados. Permanecer de pé é possível, mas andar requer o apoio de um andador ou de outra pessoa. Atividades cotidianas como comer, tomar banho e se movimentar exigem assistência. As pessoas nesta fase não são capazes de viver de forma independente.
Este é o último estágio da progressão da doença de Parkinson. Os pacientes são incapazes de ficar de pé ou andar por conta própria e, normalmente, ficam confinados a uma cama ou cadeira de rodas. Alucinações e delírios podem aparecer durante este estágio. Assistência em tempo integral é necessária para as pessoas nesta fase da doença.
A maioria dos tratamentos para o mal de Parkinson tem como objetivo gerenciar os sintomas de forma a otimizar a qualidade de vida do paciente. Existem alguns medicamentos e suplementos que melhoram a produção de dopamina no cérebro, mas estes não curam a condição – apenas reduzem a gravidade dos sintomas associados à baixa dopamina.
Os medicamentos também precisam ser reajustados com o tempo, juntamente com visitas regulares a um neurologista.
Existem algumas maneiras através das quais o CBD pode ajudar a aliviar os sintomas do mal de Parkinson. Antes de entrarmos nisso com mais detalhes, é importante lembrar que o CBD (ou qualquer outra coisa, na verdade) não cura a doença de Parkinson. O CBD pode, no entanto, tornar algumas das consequências dessa condição médica mais toleráveis e talvez retardar a progressão da doença para algumas pessoas.
No futuro, mais pesquisas devem conseguir caracterizar e descrever melhor a eficácia e utilidade do CBD para o mal de Parkinson e seus diversos sintomas. Por enquanto, essas informações permanecem limitadas.
O CBD oferece os seguintes benefícios potenciais a pessoas com mal de Parkinson:
Inflamações no cérebro estão intimamente associadas à doença de Parkinson [6]. À medida que o dano ocorre nos neurônios produtores de dopamina, a inflamação piora gradualmente. Com a intensificação da inflamação, os processos neurodegenerativos no cérebro se aceleram, agravando a condição.
A inflamação pode ou não ser uma causa subjacente para o mal de Parkinson, ainda não se sabe ao certo. O que se sabe, no entanto, é que essa forma de inflamação não ajuda em nada. Portanto, um dos principais tratamentos para a doença é tentar diminuir a inflamação no cérebro, o que pode ajudar os neurônios a se recuperarem e retardar a progressão da enfermidade.
O CBD é bastante proficiente no tratamento da inflamação no cérebro, pois medeia várias vias importantes envolvidas neste processo [7].
Os tremores musculares são um dos principais sintomas do mal de Parkinson e têm um impacto importante na qualidade de vida das pessoas afetadas.
Foi demonstrado em pesquisas iniciais que o CBD pode variavelmente melhorar os tremores musculares em camundongos com doença de Parkinson [8] e tem potencial para distúrbios neurodegenerativos semelhantes, como a esclerose múltipla [9] e a doença de Huntington [10]. Tudo isso vale mais investigações clínicas.
Estudos sugerem que 45% das pessoas com mal de Parkinson também sofrem de depressão [2, 3].
Um dos benefícios mais importantes do CBD está no potencial alívio para a depressão. O principal mecanismo do CBD para este fim é, novamente, sua capacidade de reduzir a neuroinflamação [17] – uma condição médica que também está presente em muitos pacientes com doença de Parkinson e é um possível motivo pelo qual tantos pacientes com Parkinson também sofrem de depressão.
Os distúrbios do sono são um efeito colateral comum da doença de Parkinson [13].
Existem vários motivos para isso, incluindo:
A insônia também pode resultar de outras condições médicas associadas:
O CBD é bem conhecido por seus benefícios sedativos leves [11] e demonstrou melhorar a qualidade e a quantidade do sono em uma série de ensaios clínicos [12].
Acredita-se que outros canabinoides, incluindo o canabigerol (CBG), possuem propriedades de relaxamento muscular – oferecendo ainda mais apoio para algumas das principais causas de insônia entre as pessoas com mal de Parkinson [14].
Como mencionamos antes, a principal causa dos sintomas da doença de Parkinson é a baixa produção de dopamina no mesencéfalo. Portanto, um dos focos mais importantes de um tratamento eficaz é nos neurônios produtores de dopamina.
Em pelo menos um estudo pré-clínico, o CBD demonstrou melhorar a produção de dopamina [15]. Ele age através de um receptor recém descoberto conhecido como GPR6 localizado na mesma região onde a dopamina é fabricada [16].
Esta é uma descoberta recente e muito importante. Novas pesquisas estão em andamento para entender esses efeitos com mais detalhes e discernir melhor o papel que o CBD pode desempenhar no controle do Prakinson.
Se esses achados se mostrarem terapeuticamente relevantes por meio de pesquisas futuras, podemos esperar ver o CBD se tornando uma opção de tratamento primário para a doença de Parkinson. No momento, a pesquisa é inconclusiva.
Não há estudos clínicos suficientes para destacar um intervalo de dosagem específico para a doença de Parkinson. No entanto, há muitas pesquisas sobre o uso de CBD para uma condição médica semelhante: a esclerose múltipla.
Estudos sobre esclerose múltipla e outras formas de doenças neurodegenerativas frequentemente usam doses altas de CBD para produzir benefícios. Em geral, para atingir o mesmo nível de benefícios encontrado na pesquisa, será necessário tomar uma quantidade grande.
Nós sempre recomendamos começar com a dose de baixa força, conforme destacado na tabela, abaixo, e aumentá-la ao longo do tempo se necessário. Ao atingir os efeitos desejados sem efeitos colaterais, você encontrou a dose certa.
Para o benefício máximo, é bom incorporar o CBD para tratamento a longo prazo.
Peso (kg) | Força Baixa | Força Média | Força Alta |
---|---|---|---|
45 kg |
10 mg |
30 mg |
60 mg |
56 kg |
13 mg |
38 mg |
75 mg |
68 kg |
15 mg |
45 mg |
90 mg |
79 kg |
17 mg |
52 mg |
105 mg |
90 kg |
20 mg |
60 mg |
120 mg |
102 kg |
22 mg |
67 mg |
135 mg |
113 kg |
25 mg |
75 mg |
150 mg |
O mal de Parkinson não tem cura – a maioria das opções de tratamento disponíveis, incluindo o CBD, é usada para retardar a progressão da doença e controlar os sintomas, melhorando assim a qualidade de vida do paciente.
O CBD é uma excelente opção para ambos – ele tem o potencial de aliviar muitos dos sintomas mais comuns dessa condição médica (insônia, depressão, ansiedade, tremores musculares) e talvez até retardar a progressão da doença de Parkinson, embora mais pesquisas clínicas sejam necessárias para comprovar isso.
É sempre importante consultar seu médico antes de usar o CBD ou qualquer outro suplemento, para garantir que ele não tenha interações negativas com os medicamentos que você está tomando. Os pacientes com Parkinson precisam de um tratamento multifacetado e de consultas regulares com o neurologista para reajustar seus medicamentos.
De acordo com relatos pessoais, a maioria dos pacientes com Parkinson usa uma dose alta por longos períodos de tempo.
Para obter benefícios maiores, opte por um óleo de CBD de potência alta e de espectro completo para aproveitar outros canabinoides (como o CBG) que têm seu próprio conjunto de benefícios a oferecer contra os sintomas de Parkinson.
Também recomendamos usar apenas óleos de cânhamo e CBD de alta qualidade. Produtos de baixa qualidade podem estar contaminados com metais pesados ou pesticidas que podem piorar os sintomas.
E por fim, sempre faça sua pesquisa antes de comprar produtos de CBD para garantir que as empresas das quais você está comprando usam cânhamo de alta qualidade, livre de contaminantes.